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Título: Álbum de Casamento
Autor: Nora Roberts
Editora: Arqueiro
Páginas: 288

Descrição: Antes de falar do livro em si, é preciso falar um pouco sobre o contexto geral dele. "Álbum de casamento " é o primeiro de uma série de quatro livros: Quarteto de Noivas.
A série conta a história de quatro amigas (Parker, Emma, Laurel e Mac), que se conhecem desde a infância. Quando crianças, a brincadeira preferida delas era organizar casamentos de mentirinha. Agora, as quatro meninas cresceram, enfrentam seus "monstros" diariamente, e juntas fundaram a Votos, empresa que organiza casamentos de verdade.
Parker cuida da administração da empresa e dos enventos em geral, Emma cuida da decoração e dos arranjos de flores, Laurel cuida do buffet e da parte de confeitaria (bolos, doces e tortas), e Mac é responsável pelos registros fotográficos. Nesse primeiro livro vamos acompanhar mais de perto a história de Mac, a renomada e experiente fotógrafa de casamentos.
Mac é uma mulher independente, que sabe o que quer, apaixonada pela profissão, mas que tem um ponto fraco: sua mãe. Quando Linda surge, Mac se mostra alguém abaldo psicologicamente e totalmente influenciável.
Os pais de Mac de divorciaram quando ela ainda era criança. O pai se mudou e arrumou outra pessoa, tendo um outro filho, e dificilmente aparece para ver Mac. A mãe dela teve outra filha, mas não parou em nenhum outro casamento. E sempre que um novo relacionamento não dá certo, ela procura Mac pedindo ajuda (e dinheiro), e usa de muito drama e pressão psicológica para conseguir da filha o que quer. Essa atitude da mãe sempre meche com os nervos de Mac. Ela tenta, sem sucesso, negar à mãe o que é pedido.
Por conta desse trauma, Mac não acredita que seja capaz de amar e levar adiante um relacionamento. Até que, em um encontro engraçado e embaraçoso, ela conhece Carter, um professor de inglês, nerd, que foge totalmente do tipo de homem por quem Mac se interessaria. A medida em que eles vão se conhecendo e se aproximando, vamos vendo a luta de Mac contra o que esta começando a sentir. Mas Carter não vai deixar por menos. Ele era apaixonado por Mac na infância e não quer perder a oportunidade de conquistá-la.
A verdade é que Carter é um fofo. Engraçado, carismático, desastrado, certinho, tímido, compreensivo e apaixonado. Os dois se completam na imperfeição, por mais clichê que isso seja (e eu amo clichês).

"São muitas frases com não, Mackensie. - Olhando para ela, ele vestiu o casaco. - Pode tirar na sorte para ver o que realmente quer. - E se encaminhou para a porta. - Só quero fazer uma correção: Não estou entusiasmado. Estou apaixonado por você. É algo com que ambos teremos que lidar." 


Prós: O romance entre os dois não é forçado. Pelo contrário. Mac luta o tempo todo contra o que sente, e quando vê que não dá mais para fugir, começa a tentar superar seus medos, e Carter...Ahhh, o Carter! Ele é perfeito! O livro, além do romance, toca em ponto que meche com todo mundo. A amizade. Fiquei besta com a forma como Nora conseguiu compor a amizade dessas quatro mulheres. É uma coisa linda de se ver. E depois de ler, você tem vontade de pegar o telefone e sair ligando para aquelas amigas da época da infância e que você deixou que o tempo afastasse...

Contras: O livro é narrado em terceira pessoa. Isso me deixou meio confusa. Algumas vezes tive que voltar um pouco a leitura para conseguir me situar na narrativa.





Os outros livros da série




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Estava sentada na beira do mar. As ondas que iam e vinham. A linha do horizonte naquele azul-claro meio alaranjado que indicam que o Sol está nascendo em algum ponto do céu a sua frente. Ali, naquele momento, ela pensava na vida. Em como as coisas estavam caminhando. Nos obstáculos que estava enfrentando.
A amiga sabia que que podia encontrá-la ali. Conhecia-a muito bem para saber que se ela tinha saído cedo de casa e deixado a cama por fazer é porque algo não estava bem. E ela estaria ali, exatamente naquele ponto da praia.

C - Tinha certeza que ia encontrar você aqui.

M - Você não precisava ter vindo atrás de mim. Só vim pensar um pouco na vida.

C - Talvez seja exatamente por isso que vim até aqui. Se você tem necessidade de pensar na vida é porque tem alguma coisa muito séria te perturbando.

M - As pessoas pensam na vida as vezes, sabia? É assim que elas tomam decisões.

C - As pessoas sim. Você não.

(Silêncio...)

C - Você esbraveja, grita, debate, conversa...Nunca fica em silêncio. Tem sempre respostas pra tudo.

M - Talvez porque, quando se trata da vida dos outros seja sempre mais fácil.

C - Olha só pra você. Tá na cara que algo não vai bem. Deixa eu tentar te ajudar.

M - Me disseram que eu não tenho Fé. Precisava admirar tudo isso pra pensar sobre.

C - E chegou a alguma conclusão?

M - Você não me deu tempo pra isso...

C - Você não é sem Fé. Você é uma das maiores provas de que a Fé vale a pena. Como poderia não acreditar no seu próprio conselho de vida.

M - Eu nunca aconselhei a Fé. Pensando bem, acho que essa pessoa tem razão...eu não tenho. Como posso ter Fé e nunca a usar como conselho?

C - Você não precisa verbalizar. Conte a sua história e qualquer pessoa terá a Fé como conselho sub-entendido.

M - Mas eu queria senti-la. Como posso aconselhar algo, passar uma imagem, se eu não acreditar nisso?

C - Quando algo dá errado com você, em que você pensa?

M - Eu me desespero. Mas depois me acalmo, e começo a sentir uma pontinha dentro de mim, lá no fundo do meu coração. Uma sensação boa. É como um calor, que me diz que tudo vai se resolver.

C - Acho que você acabou de encontrar a resposta que estava procurando quando veio parar aqui a essa hora da manhã.

M - Desculpa, mas não entendi aonde você quer chegar.

C - É isso, Mari. Essa pontinha que você sente dentro de você. Essa certeza de que tudo vai acabar bem. Isso é a Fé. A sua Fé.

M - O nome disso não seria esperança?

C - Quando alguma coisa está ruim, você espera que ela melhore, ou você acredita que vai melhorar?

M - Acredito.

C - Fé!

Ela encarou a amiga por um momento, sem palavras. Respirou fundo, e se levantou. Já tinha encontrado a resposta que estava procurando. Ao mesmo tempo que os primeiros raios de sol despontavam no horizonte, pegou na mão da amiga, e seguiram juntas no caminho de volta pra casa. O sol aquecendo o coração e a alma das duas, trazendo a certeza de um novo dia. A pontinha de certeza de que tudo sempre se resolveria. Fé.







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Título: Como eu era antes de você
Autor: Jojo Moyes
Editora: Intríseca
Páginas: 320

Descrição: Gente, tenho que dizer como é difícil fazer uma resenha sobre esse livro, Quando a gente se apaixona por uma história como eu me apaixonei por essa, fica sempre a sensação de que nada que a gente escreva vá fazer justiça ao livro. E "Como eu era antes de você" está no topo da minha lista de livros perfeitos.
Nunca tinha lido um livro da Jojo, e ao olhar para a sinopse e principalmente para a capa desse livro, comecei a lê-lo sem pretensões. Não esperava nada da história. E como é bom ser surpreendida assim!
Will era um jovem rico, bem sucedido e cheio de vida, que adorava se aventurar. Até o dia em que um acidente mudou toda a sua vida, e o colocou em uma cadeira de rodas, tetraplégico. Alguns anos depois do acidente ele conhece Louisa Clark, uma mulher com 26 anos, desempregada, sem ambições e de família humilde. Lendo assim, parece mais um romance clichê. Não é! Vão por mim.
Louisa consegue um contrato para trabalhar durante 6 meses cuidando de Will. E ao chegar na incrível mansão dele, se depara com um jovem devastado pelo destino. Mal humorado, amargurado, e sem vontade de viver (literalmente).

"Ele me suportava, mas eu tinha a sensação de que, frequentemente, queria ficar sozinho. Ele não sabia que essa era a única coisa que eu não o deixaria fazer."

Com o tempo, Louisa consegue quebrar a barreira que Will colocou na sua vida, e com seu jeito extrovertido, ela conquista a amizade e a admiração dele. Quando já estava totalmente envolvida, Louisa descobre os planos de Will para cometer uma espécie de "suicídio assistido". Arrasada, ela consegue o apoio da irmã, e juntas elas começam a pôr em prática um plano afim de mostrar a Will tudo que ele ainda pode fazer e como vale a pena viver, mesmo nas condições em que ele se encontra. Começa ai a luta contra o tempo de Louisa para fazer com que Will desista da ideia de acabar com a própria vida. Ela entra em fóruns e páginas da internet específicas para pessoas com algum tipo de deficiência, e consegue muitas dicas de atividades, programações e viagens que ela pode realizar com Will. E ele, mesmo com uma certa resistência, acaba topando tudo que lhe é proposto, apenas para agradar Louisa.
Preciso confessar a vocês que eu chorei, me emocionei, torci, me desesperei e me choquei com essa história.

"Queria apertar cada parte minha nele, deixar alguma coisa minha nele, dar a ele cada pedaço da minha vida e obrigá-lo a viver. Percebi que estava com medo de viver sem ele. Com que direito você destrói a minha vida - eu queria perguntar - e eu não estou autorizada a dizer nada sobre isso?"


Prós: Numa narrativa emocionante e empolgante, Jojo coloca em discussão temas relevantes sobre um universo que muitos podem não conhecer. Mostra como é possível, com força de vontade e com o amor dos que nos cercam, superar qualquer adversidade. Mostra como o amor pode ser forte e eficaz, e como a amizade é uma base sólida, capaz de superar tudo. Jojo nos faz pensar na nossa vida, repensar diversos valores, e nos mostra como precisamos ter pessoas ao nosso lado. Em resumo, é um livro sobre amor, lealdade, amizade e superação. O livro é lindo e nos traz muitas lições de vida.

Contras: Eu chorei! E eu odeio admitir que algo (livro, novela, filme, série...) me fez chorar. Fora isso, o livro me tocou de um jeito, que mesmo depois de mais de um mês  que eu terminei a leitura, ainda não tinha conseguido falar sobre ele. Sem contar que não consegui ler nenhum outro da Jojo ainda. A expectativa subiu com relação a ela, e tenho medo de me decepcionar. Meus argumentos contra "Como eu era antes de você" estão meio fracos né?! É porque não tem, gente. Sério!!

"É isso. Você está marcada no meu coração, Clark. Desde o dia em que chegou, com suas roupas ridículas, suas piadas ruins, e total incapacidade de disfarçar o que sente (...) Não pense muito em mim. Não quero que você fique toda sentimental. Apenas viva bem. Apenas viva!"